Esse site tem uma sessão Futurologia que nunca uso, mas está na hora!
Vai parecer arrogante, mas eu sei o futuro. Não só eu, mas um bocado de gente, inclusive tem coletividades que constroem o futuro! Vou falar nelas!
Precisamos falar no futuro que está sendo construído porque parece que muita gente, talvez a maioria, se sente presa ao controle dos feudos cibernéticos como Meta (Facebook, WhatsApp, Instagram, Threads), Google e outras. E isso simplesmente não é verdade.
O futuro está sempre sendo construído e uma das características da humanidade é que ela não admite ser controlada, por isso vemos ao longo da história a humanidade se rebelando contra poderes que a restringem. Bem… Também é da natureza da humanidade, quando alguém obtém poder demais, tentar restringir os direitos de todos os outros.
Em 2009, na Campus Party, eu estava fazendo uma cobertura jornalística para o Clube do Hardware com a Cláudia Catherine como editora e escrevi o texto anexado no final (não está mais no ar no Clube do Hardware, mas o Internet Archive guardou).
Era 2009 e eu falava sobre as redes sociais online que mudariam a cultura global e onde todo mundo estaria em um futuro próximo.
Quase ninguém acreditava na época, não existiam mídias sociais e sim redes sociais (só depois elas foram se corrompendo e virando as mídias sociais atuais).
Nós estávamos certos.
Ok, naquele momento não vimos como elas poderiam ser corrompidas. Só em 2014 eu, um pouco atrasado, perceberia que as redes sociais buscavam um padrão mainstream.
Isso tudo é passado, vamos ao futuro!
O que tenho tentado mostrar para olhares desconfiados e incrédulos é que a humanidade já está construindo a próxima revolução social, essa coisa ainda estranha chamada Fediverso que permite que coletivos da sociedade se reúnam em uma gigantesca rede social descentralizada, distribuída, não comercial, sem algoritmos e fundada sobre princípios de privacidade e cidadania.
No entanto, não é só isso! Afinal, não só de redes sociais vive a humanidade! Também precisamos de ferramentas de todo tipo. Se no princípio precisávamos lascar as pedras para fazer lanças, agora precisamos lapidar as informações para gerar conhecimento.
Escrevi pouco sobre isso até agora, mas temos ferramentas total ou parcialmente livres e, mais importante, que garantem a nossa autonomia e soberania digital como LogSeq, CriptPad, Obsidian, Ghost, LibreOffice, e uma infinidade de sistemas online e offline que nos possibilitam ter uma vida cibernética plena sem depender da interferência de bigtechs e interesses privados.
Vemos organizações governamentais e até países fazendo movimentos em direção ao Free Open Source Software (FOSS) principalmente por necessidade de soberania digital, mas também por eficiência, flexibilidade e menor impacto ambiental ao reduzir ou eliminar a necessidades de gigantescos datacenters.
Não cometa o erro de não acreditar na gente hoje (sou apenas um porta-voz de criações que vejo se multiplicando) como não acreditaram em 2009 e foram pegos de surpresa!
Antecipar o futuro é uma receita para a tranquilidade e liberdade!
Campus Party Brasil 2009: Construindo a Sociedade do Conhecimento
Fonte: Clube do Hardware (link no Internet Archive)
Publicado originalmente em 15/01/09 e atualizado para incluir as referências aos artigos publicados em nosso blog.
Na semana que vem ocorre o Campus Party em São Paulo. As inscrições para participar estão esgotadas (mais de 4.800 pessoas), mas ainda é possível visitar a área Batismo Digital.
É preciso explicar o que é Campus Party.
Em breve sua televisão falará no:
“Evento de tecnologia onde mais de 4 mil internautas e maníacos por tecnologia acampam por uma semana para falar das novidades e tendências”
No entanto, isso não explica o que é um evento moderno que reúne pessoas que usam, moldam e planejam a tecnologia e a Internet do futuro próximo.
O Campus Party é um evento sobre sociedade do conhecimento, suas ferramentas e elementos culturais (jogos, lugares etc.)
A Internet e a cibercultura são a base e a linha de frente das mudanças sociais e culturais que estão transformando a sociedade de consumo em sociedade do conhecimento. As implicações disso não são pequenas…
Por isso me atrevo a dizer que este (o Campus Party) é um dos mais importantes eventos da atualidade.
Para quem olha de fora pode parecer um bando de nerds, mas ali estão sendo experimentados modelos sociais e culturais que nortearão os próximos passos da nossa civilização (essa é uma opinião minha). Para quem olha de dentro é uma reunião de gente interessante falando sobre coisas interessantes.
IMPORTANTE
Haverá uma área somente para Batizado Digital onde pretende-se apresentar essas ideias de redes sociais a quem ainda não entrou nessa onda, e acredite, todos entraremos! E isso não nos tornará virtuais e sim mais reais do que antes. Voltarei a falar nisso em outras ocasiões. Se você estiver em São Paulo na semana que vem não deixe de dar um pulo lá.
Se você é uma pessoa mais curiosa ou se interessa em mergulhar na cibercultura vai gostar de saber que se encontrarão lá gente como:
- Tim Berners-Lee, o sujeito que “criou” a Web
- Soninha Francine, uma das políticas mais sérias que eu conheço
- Ricardo Noblat, do jornal O Globo
- Samara Felippo. A atriz da Globo e blogueira estará na palestra sobre blogs e celebridades
Esses são alguns nomes conhecidos, mas os nomes menos conhecidos não deixam nada a desejar em relação a eles. Essa é uma das maiores belezas de uma sociedade em rede: todos nós podemos nos destacar. Dê uma olhada na lista de palestras do Campus Party 2009 e você encontrará um monte de gente que vale a pena ouvir.

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