Por que gerenciar o conhecimento pessoal?

por

in

Será que já não temos coisas demais para gerenciar? Agendas, senhas, finanças, dados de contatos, plataformas comerciais sociais… Você conhece a lista.

Pois gerenciar é tirar da cabeça. Simples assim. Fim do post!

A torrente de estímulos como dados, fatos, informações e distrações que vão se acumulando na nossa mente desordenadamente certamente é uma das maiores fontes de ansiedade e de sequestro da nossa atenção, o que nos leva também a perder controle sobre o nosso tempo.

Grande parte desse fenômeno vem da estratégia, muito bem sucedida, de estabelecimento de vício em estímulos em plataformas comercias sociais, onde social significa muito pouco de contato social e muito de um fluxo ininterrupto de conteúdos compartilhados por quem seguimos ou de propagandas empurradas para nós por algoritmos que sabem mais sobre como prender a nossa atenção do que pensamos.

Talvez devêssemos deixar as plataformas mediadas por algoritmos, mas esse post não é sobre isso e, mesmo abandonando qualquer rede social, ainda vivemos em uma época que nos assola com estímulos e nos cobra estarmos à par do que acontece no mundo.

Streamings, jornais, a política, auto-cuidado, as mudanças climáticas, o mito de que temos que ser heróis, heroínas, heroínes das causas da humanidade nos são impostos pelo MEFIFO (medo de ficar de fora, FOMO é coisa do passado).

Se isolar do mundo não é solução porque temos, sim, que estar conscientes do nosso tempo.

Há um “paradoxo Tostines” aí: estamos cansades demais para tomar qualquer atitude e não nos livraremos do cansaço enquanto não assumirmos algum controle sobre os estímulos e fontes de estímulos.

Na verdade nem é uma jornada difícil ou trabalhosa.

4 passos para um relacionamento saudável com os estímulos da civilização algorítmica:

  1. Decida como se relacionar com o conhecimento: blasé ou enciclopedista?
    • Blasé: Não esquenta a cabeça e deixa o fluxo passar, é uma postura até meditativa. Quando depara com algo que precisa ser guardado anota em um bloco simples ou em um app de notas básico;
    • Enciclopedista: Sente nervoso quando não lembra de alguma coisa e ficaria feliz fazendo bullet journal em papel ou usando algum sistema complexo de notas e tarefas;
  2. Identificar os estímulos que dão rebote, como quando a gente fica mal por ter dedicado 3h a ver vídeos curso de fragmentos de dança contemporânea;
  3. Determinar o que vai nos fazer bem guardar e o que basta dar uma olhada e escolher um jeito bem prático para guardar. Pode ser simples como fotografar ou capturar a dela do celular ou mais “certinho” em um app de notas com palavras chave como #Esportes/Futebol
  4. Desenvolver o hábito a pequenos passos.

Pode ser simples assim.

Apesar disso decidi fazer alguns posts propondo uma jornada para ser livre da pressão dos fluxos de informação e conhecimento que temos que administrar. Esse é apenas o primeiro post.

Imagem

Foto de Nathan Dumlao na Unsplash


Comentários

Uma resposta para “Por que gerenciar o conhecimento pessoal?”

  1. @roney Já tenho o segundo post em mente!Me toquei que decidir rapidamente o que fazer com cada estímulo é um primeiro passo essencial! E eu mesmo não tinha estabelecido isso claramente.Estou pensando em dois critérios apenas:1- Contém detalhes que serão úteis no futuro 2- Esclarece algum assunto fundamental como sistemas econômicos ou metabolismo O restante é pra experimentar como meditação: contemplar e deixar passar ☺️E tomar cuidado pra pra não passar horas contemplando distração vazia (comigo são fragmentos de balé clássico ou contemporâneo no for you do Instagram)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.