O Futuro das Agências de Marketing: Sou Mais Web

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O Sou Mais Web

Organizado por Nino Carvalho da The Godfather Estratégias Sociais é um dos eventos de tecnologia e marketing mais instigantes do Rio de Janeiro. Estou certo que os artigos que os artigos que anexei no fim desse post ajudarão a entender como foi a décima primeira edição do evento que acontece mensalmente.

O que eu estava fazendo lá?

Sou um apaixonado pelo processo do conhecimento, cultura e conhecimento humanos e creio que é no Marketig que as recentes mudanças de rumo da nossa civilização se fazem sentir com mais clareza por isso, mesmo não sendo um profissional de marketing tenho ido a todos os eventos que posso. O Sou Mais Web é um dos três que considero mais importantes.

Que post estranho é esse?

Se você vem sempre aqui (o que é pouco provável pois devo ter apenas uns 12 leitores frequentes) deve estar se perguntando porque estou escrevendo como se fosse o primeiro post.

Estou experimentando. A gente deve experimentar sempre!

A maioria dos visitantes de um blog são paraquedistas que chegam ao seu blog em busca de respostas rápidas às suas perguntas.

Qual será o delicado equilíbrio entre encher a paciência dos leitores fieis e ser útil para um universo muito maior de pesoas?

É bem provável que uma recomendação “Clique na aba Quem sou” no começo de cada post seja mais eficiente, mas resolvi fazer esse teste 😉

O que ameaça o futuro das agencias?

Pessoas são pessoas e sempre serão então porque as agências de marketing, publicidade, acessorias de imprensa etc teriam que se preocupar com seu futuro?

Bem, as pessoas hoje não são exatamente como as pessoas na Idade Média, não é?

As pessoas mudam e, na opinião de algumas pessoas nunca mudaram tanto quanto estão prestes a mudar.

Como as pessoas estão mudando?

Humm.. Será que consigo responder isso de forma tão sucinta como as anteriores?

O ponto chave aqui é que as pessoas não estão sendo mudadas pela tecnologia, o que acontece é que finalmente elas (nós) conseguimos criar um poderoso instrumento para acelerar nossas mudanças: a rede mundial de comunicação (que inclui, mas não se remue à Internet).

Isso não mudará as pessoas, mas nos permitirá mudar como nuca mudamos antes, mas o que realmente importa não são essas mudanças (ao menos não agora), mas o impacto desse processo na estrutura atual da nossa civilização.

O que está mudando dramaticamente é a estrutura do poder sobre a comunicação como fica muito claro nessa apresentação (em Inglês):

Ou, resumidamente…

Até aproximadamente 2004 quando as redes sociais começaram a explodir nossa civilização tinha uma estrutura de comunicação muito clara: Fale com um grande distribuidor de informação e formador de opinião (que gostaria de chamar de distribuidor de cultura) e manipule, digo, passe seu recado ao seu mercado focal.

Já foi o Xamã, já foi a Igreja, depois o estado e, mais intensamente a partir dos anos 60 como bem notou Guy Debord (não sei pq ele é tão pouco citado), a chamada sociedade do espetáculo capitaneada pela mídia jornalista e cultura de entretenimento.

O que aprendi nesse Sou Mais Web?

As agências são a linha de frente de uma indústria acostumada a influenciar os consumidores para que se transformem em máquinas de consumir, eternamente insatisfeitos em busca de preencher o vazio interno com coisas externas.

Fiquei com a nítida impressão que a grande maioria das agências e profissionais de marketing continuam buscando aqueles grandes distribuidores de informação ou cultura que citei mais acima e acreditam que eles seriam os chamados “paizões” da blogosfera.

É claro que posso estar profundamente errado, mas a nova estrutura da comunicação não permite a formação de “paizões”.

Você sempre acreditará mais no seu amigo especialista do que no ator vestido de médico na propaganda da TV, ou mesmo do que no médico famoso.

Creio que se as agencias não perceberem que o desafio delas é se comunicar com uma voz coletiva onde não há grandes formadores de opinião, mas sim incontávels pequenos grupos influenciadores de opinião o futuro delas será negro.

Ponto alto desse Sou Mais Web

Leia nos links sugeridos e fique de olho nessa moça, a Rizzo Miranda da FSB Digital, ela foi brilhante e tenho certeza que só arranhou tudo que gostaria de ter exposto.

Referências


Comentários

2 respostas para “O Futuro das Agências de Marketing: Sou Mais Web”

  1. Essa mudança do poder sobre a comunicação é o que me fez aproximar de todo esse mundo digital.

    Li recentemente um texto sobre a figura do PAI. No oriente antigo, essa figura do PAI não existia. Primeiro que por questões culturais da época, as mulheres em geral saíam com muitos homens e era difícil saber quem era a pessoa. Mas existia a figura do TIO. E era tão importante quanto a figura da MÃE, sabe porquê? Criavam a criança para o mundo, não para elas. Havia proteção, mas sempre com liberdade.

    A figura do PAI chegou para impor uma certa “propriedade” à criança. Mesmo sem ter certeza se eram, alguns homens se julgavam pais de uma determinada criança, e a tomavam para si. Essa prática teve reflexos absurdos na cultura oriental.

    A nova comunicação faz o caminho contrário dessa cultura do oriente antigo, acabando com a figura do PAI, que sempre dominou a comunicação no mundo todo. A comunicação agora pertence aos TIOS, a quem a produz e consome, quem a desenvolve para que outros também a desenvolva.

    Abraços, TIO Roney! =)

  2. […] This post was mentioned on Twitter by Nino Carvalho, Tecnologia/Inovação. Tecnologia/Inovação said: RT: @ninocarvalho: O Futuro das Agências por @roneyb > http://migre.me/bmtr #soumaisweb […]

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