Por falta de tempo e dados para opinar fiquei em silêncio até agora sobre mais uma essa pequena polêmica online.
Um grupo de rapazes resolveu convidar as mulheres do Twitter a trocar seus avatares por fotos delas somente de lingerie.
Bem, é claro que pede quem quer, faz quem aceita.
E o que quer quem lhe pede para se exibir semi-nua?
Muitas mulheres aceitaram a proposta talvez por não terem feito a pergunta acima, talvez pela nobre certeza de que a nudez não é para ser castigada, mas um ato de liberdade.
No entanto, vendo os comentários machistas em um dos posts contrários ao movimento, as intenções ficam bem claras. Prepare-se para assistir uma triste demonstração da idiocracia.
Ao aceitar participar do #lingerieday as mulheres estão inadvertidamente alimentantando o mesmo machismo que culminou no desrespeito à coelhinha da playboy na Campus Party 2009.
Quais serão os passos seguintes ao #lingerieday? O “como-não-como” tão comum nas fantasias onanistas tão comum quando temos dificuldade em ver além da aparência das pessoas? Vídeos de strip tease?
Essas são formas de alimentar a liberdade e princípios de vida mais saudáveis (sem a associação da carne com o pecado) ou é apenas desumanização da mulher?
Tenho a política de desconfiar de todo movimento que envolve os outros… Uma coisa são mulheres queimando seus soutiens em praça pública, outra bem diferente são homens pedindo-lhes que façam isso.
Por que será que os idealizadores do #lingerieday não fizeram um #barrigatanqueday para exibir seus dotes físicos?
A propósito, homens também podem ser desumanizados e tratados como um pedaço de carne a ser usado para prazer das mulheres (ou outros homens) e descartado em seguida.
O que se insinua nas entrelinhas das campanhas pela beleza física quase sempre é a desvalorização do que nos torna humanos: consciência, inteligência, carisma…
É claro que promover um #lingerieday não nos impede de nos engajarmos em causas mais sérias, no entanto, certamente a baixa empatia de quem tem este tipo de ideia é um fator de impedimento.
Online ou offline sempre foi dificil desenvolver empatia por desconhecidos. No passado era praticamente privilégio dos santos, mas com a queda das fronteiras de comunicação a empatia até por outras culturas tem crescido como vemos nas mobilizações pelos iranianos.
Alguém mais prático dirá que há um certo sentimento egoísta por trás disso, uma certa afirmação que a nossa cultura é melhor que a deles. Realmente, as a consciência é algo que se desenvolve lentamente. O importante é o sentido do movimento, é para onde vamos à partir dali.
Por isso critico tanto os vagões exclusivos para mulheres no metrô: eles apontam para a segregação da mulher e para a desistencia de lhes garantir respeito em qualquer lugar que elas estejam.
Para onde o #lingerieday aponta?
Links
- Minhas observações sobre o Lingerie Day por Cynthia Semíramis
- O #lingerieday não é coisa de outro mundo – Ana Carolina Moreno
- #lingerieday – Gravataí Merengue
- lingerieday mimimi e a objetificao da mulher
Só agora soube que o movimento foi iniciado para abafar a mobilização em torno do Lixo Eletrônico (o que eles tem contra isso?) Falha de interpretação de quem leu correndo o post no Trezentos e me passou a informação. Em todo caso vale a pena divulgar o manifesto.
Como você sabe, eu participei do #lingerieday. Acho que vai de cada um. Não me sinto mais ou menos valorizada por uma foto onde mostro muito menos do que mostro na praia, por exemplo. Tomei sim, cuidados para que a foto fosse ao menos não vulgar, e acho que consegui.
Se os homens vão ver como um pedaço de carne, se as mulheres vão ver como “puta, vadia, oferecida” etc. não cabe a mim. A mim cabe achar que participei de uma brincadeira, na galhofagem, e que pensem o que quiserem, feliz sou eu de poder me apresentar da forma como quiser estando convicta de quem sou enquanto pessoa. Como te disse, muita gente tem desvios sérios de caráter e mostra a cara por aí sem problemas, porque eu, em paz com a minha consciência não posso mostrar a calcinha?
Enfim, não discordo totalmnte de você, o país é machista, quem organizou pode ter se explicado de forma que ofendesse muita gente, mas eu só posso falar por mim. E é isso que eu acho.
Não vejo qualquer problema em fotos vulgares ou em gostar de fotos vulgares. A vulgaridade também é um exercício de liberdade que eu apoio.
A questão não é mostrar menos que mostramos na praia, a questão é: proque eles pediram para as moças se apresentarem semi-nuas e o que significa aceitar isso.
Você mesma fala em ser vista como pedaço de carne, vadia e cita que as pessoas sem caráter podem se exibir então pq vc não pode se mostrar de calcinha. É um argumento estranho!
Em todo caso sou totalmente a favor de todos andarmos de cuecas ou calcinhas até pela rua! Aceito prontamente a proposta de um flashmob asim, mas por boas razões: crítica ou mero prazer. Jamais porque alguns rapazes disseram “se vc for gostosa se fotografa só de lingerie e mostra para todo mundo”
Vendo os tais posts machistas, me surpreendi com a inocência da pessoa que chamou de “campanha inocente e bem-humorada”. Enfim, acho que isso é uma banalização da imagem da mulher, e uma demonstração de como os apoiadores da campanha também apóiam a dita banalização. Quer ver mulher de lingerie? Beleza, mas pedir isso a estranhas / amigas virtuais é cara de pau. Guardadas as devidas proporções, não seria como ficar espiando uma mulher num provador de loja? Ah, e duvido que a campanha seja aplicável à mãe / esposa / filha do esperto que inventou isso.
A namorada de um deles entrou na brincadeira, mas isso não muda o caldo cultural de onde isso saiu: sexismo e um hedonismo vazio
Roney, gosto muito de estudar história. Ainda mais quando envolve as mudanças e conquistas da sociedade ao longo dos anos.
Uma das mais sofridas (mas com sucesso) delas é a da conquista do espaço da mulher na sociedade. A mulher não tinha direitos, não tinha liberdade, não tinha poder. Hoje, depois de muita luta, a mulher tem um espaço brilhante na sociedade, conquistado por elas mesmas.
Fico totalmente desolado ao ver que ainda hoje algumas delas não dão o menor valor a isso. Pior, abusam dessas conquistas. Revertem o machismo que ainda existe, infelizmente, para elas mesmas, e se transformam em pessoas com uma pseudo-independência, quando na verdade elas dependem (e muito) da afirmação masculina para se sentirem importantes, ou algo do gênero. Tem muita mulher por aí que tem absoluto prazer em ver homens babando por elas. Babando feito uns idiotas. Babando e praticando o onanismo, como você bem lembrou.
Não tenho absolutamente NADA contra o #lingerieday. Algumas (poucas) pessoas souberam participar disso com elegância. Por outro lado, outras aproveitaram a deixa para insistir nessa prática doentia de se afirmar perante os homens. Pessoas que não deveriam ter o direito de serem chamadas de mulheres. Ser mulher é ser muito mais do que elas acham que são.
Abraços!
Na verdade o caso nem me parece tão sério, é como eu disse para alguém nem sei mais onde: essa auto-exposição para conquistar respeito é comum e pode ser vista em qq festa, praia ou mesmo ambientes de trabalho.
A questão é que em um meio mais cibernético os valores são diferentes e muita gente ficou muito ofendida. Provavelmente muitas pessoas que fazem o mesmo jogo offline, mas não aceitam isso no lugar onde elas podem existir livres desse sexismo.
E inclusive um dos comentaristas machistas (no caso eu mesmo) pediu desculpas pelo tom excessivamente agressivo e desnecessário do comentário. Mas continuo discordando dos argumentos da autora daquele post.
Links:
http://blogdovinny.wordpress.com/2009/07/28/my-bad-sobre-a-polemica-do-ligerieday/
http://ladyrasta.com.br/2009/07/27/blogueiros-ou-gangues/
É, a maioria dos caras que comentaram lá naquele post se humilharam muito demonstrando uma atitude muito triste.
Eu vejo que coisas como essas demonstram a incapacidade do ser humano de reconhecer os próprios defeitos. A gente pensa que as pessoas evoluem, mas a cada diz são mais e mais exemplos contrários à evolução.
Não que eu seja mais inteligente que a maioria, longe disso, mas eu estou achando que tem muita coisa errada por aí, só falta descobrir se o maluco da história sou eu ou não.
Sou um evolucionista convicto… Apesar de que evolução significa se tonrar mais adaptado e não necessariamente melhor 😉
Apesar disso creio que estamos evoluindo no sentido de nos tornarmos mais conscientes e a prórpria rejeição ao sexismo nesse episódio mostra isso.
Estou certo que estamos assistindo o fim dos homens e mulheres objeto e o nascimento de homens e mulheres que se valorizam por suas idéias, carisma e conhecimento.
Enfim, só discordo com vc que “a cada dia são mais e mais exemplos contrários à evolução” e creio que eles nos incomodam justamente pq estão sendo deixados para trás 😉
Adorei o post! Sendo filha de uma mulher que divorciou na década de 70 – ainda por cima em plena Belo Horizonte, descendente de TFMs (leia Tradicional Familia Mineira), senti na pele o poder do preconceito e do machismo ululante.
Histórias sobre o assunto não me faltam. Sejam dela, sejam minhas. Mas principalmente, da luta que mulheres como nós ainda travamos todos os dias para mostrar que nosso corpinho bonito é a menor das qualidades que carregamos.
Acredito que a maioria das mulheres e homens que aderiram a brincadeira não o fizeram com intenção de propagar um machismo ou a velha objetificação. O que talvez seja ainda pior – pois a ignorância frente ao verdadeiro significado da história mostre a mentalidade infantil que ainda reina em nossa sociedade primitiva.
Sugiro a leitura do texto abaixo, enviado pelo meu amigo @daftm1 e que tem uma relação estreita com a “brincadeira”do dia.
http://www.google.com.br/reader/shared/user%2F12979863734315820712%2Flabel%2Frisoracista
Abrs!
Sim! Sim! Tenho certeza que todos (ou quase todos) que se envolveram na brincadeira, que nem foi pesada ou desrespeitosa já que a adesão era expontânea, não perceberam e muitos ainda não percebem o sexismo que a inspirou.
No entanto, como disse para a Happy Moon, a violenta rejeição (algumas vezes violenta demais) demonstra que estamos a caminho de não nos reduzirmos mais a pedaços da carne.
Sou a favor de um mundo sensual e liberal, pode até ser vulgar, mas pelas razões certas 😉
==- não é uma resposta minha pro @roneyb, é um post meu sobre o assunto, só que dentro de um comentário -==
Antes de tudo, ninguém pode julgar ninguém, seja qual for a situação e sinceramente, acho que é muita importância dada a uma brincadeira, onde brinca quem quer.
Os absurdos que li mostram como o Brasil, mesmo numa rede (ainda) um pouco segmentada, vive em preconceitos.
O #lingerieday pra quem participa, é uma brincadeira onde a pessoa não tem problema de se expor, e faz algo que todos fazemos (vou explicar).
Se você vai a um casamento, sabe que não poderá ir de sunga e boné. Você irá vestir seu terno ou uma roupa mais elegante que o comum do dia-a-dia. Se não quiser se vestir assim, sua opção será em não ir. A mesma coisa se for uma entrevista de emprego, ir a uma noitada ou comprar pão na padaria da esquina.
Pois nessa brincadeira, funciona só pra quem está bem com o seu corpo e quer compartilhar isso. Se você não se encaixa, ela não é para você. Da mesma forma que meu tamanho me impede de brincar no Parque da Turma da Mônica, pois não foi feito pra mim.
Então, quem participa do #lingerieday está fazendo algo que todos fazemos todos os dias e o detalhe de ser de lingerie não torna diferente em nenhum momento.
Se te incomoda ver lingeries ou “pessoas semi-nuas”, você também não vê TV, não vai ao cinema, não compra qualquer revista e muito menos vai a praia.
A hipocrisia está no ato de julgar.
Enviado pelo celular.
Te dou razão quando você diz que é “uma brincadeira, onde brinca quem quer”, acontece que essa lógica é válida quando a brincadeira é feita dentro de um lugar privado, onde todos os “envolvidos” estão cientes dela e podem ter o direito de participar ou não.
Tem muita empresa e perfis corporativos no Twitter que seguem diversas pessoas, pra agregar valor aos seus perfis. Imagina o espanto e possíveis problemas causados por ter na página de um perfil corporativo vários quadradinhos, embora minúsculos, com fotos de pessoas semi-nuas? Ninguém parou pra pensar nisso? É de certa forma uma invasão.
Eu não adiciono ninguém por causa de um avatar, mas não quero minha imagem associada à drogas, pedofilia, campanhas que não apoio, pessoas nuas, dentre outras possibilidades (sim, se está na lateral do meu perfil, afeta diretamente a imagem do dono daquele perfil).
Vc tem toda razão que é algo que fazemos todos os dias offline, mas está claro que houve uma violenta reação contrária quando aconteceu online.
Foi por isso que fiquei esperando para escrever esse post. Estava me perguntando: a cibercultura nacional já está no ponto de não aceitar os jogos hedonistas que valem offline? Teria me calado se tivesse percebido que ainda não era o momento.
Acontece que a maior parte da Twittosfera e parte considerável da blogosfera se mobilizou contra isso. Porque?
Bem, porque online é o lugar onde mulheres e homens que precisam viver de aparências offline podem viver de conteúdo.
Offline a mulher bonita já é obrigada a parecer feia para ser respeitada intelectualmente ou optar por batalhar mais arduamente por esse respeito.
O #lingerieday é a invasão dos valores da sociedade do espetáculo na sociedade do conhecimento e foi rejeitado por isso.
Imagine os próximos joguinhos:
#minhamasaoday
#meucarrocaroday
#meucelularcaroday
#minhasferiasemdubaiday
Onde as possoas voltam esmolar por respeito não pelo que são, mas pelo que tem…
A brincadeira foi inocente e inócua, concordo com você, mas me alegra muito que nem mesmo isso tenha sido aceito pela digitosfera!
E obrigado por me dar a oportunidade perfeita de dizer isso 🙂
Eu acho que tudo é uma questão de respeito. Respeito com o espaço do próximo. Saber onde é que acaba a sua parte e começa a do outro. Saber que vivemos numa sociedade de aparências.
Quer brincar de expôr no Twitter a única coisa que você pode chamar de seu? Maravilha, faça upload de quantas fotos você quiser no Twitpic e serviços semelhantes, faça um álbum no Flickr e compartilhe com todos os seus amigos, mande um e-mail, publique num outdoor, saia pelada na playboy ou na G Magazine (para homens), avise pra sua mãe, mas não obrigue todo mundo a ter que ver você de roupa íntima, pois se eu quisesse fazer isso, iria diretamente na sua casa, te pedir, ou te pagar pra ver, dependendo do caso.
Isso de “sociedade de aparências” também me ajudou muito a tecer o comentário que deixei acima para o Lebravo! Valeu!
Mas discordo com vc, se a pessoa quer usar uma foto seminua em seu avatar ela será seguida pelas pessoas compatíveis com isso. É um ótimo avatar para uma garota de programa por exemplo, ou para um fisioculturista ou ainda para um bailarino.
Serão três grupos de seguidores quase sem intersecções para avatares bem semelhantes.
“usar uma foto seminua em seu avatar ela será seguida pelas pessoas compatíveis com isso”
SIM!!!
Mas eu não falei disso!!! Eu falei de vender um coelho e no dia seguinte ver q é uma lebre. De em um dia vc ter PESSOAS, e no dia seguinte vc ter CALCINHAS, sem querer, sem ter escolhido.
Só não tô entendendo essa conotação de “brincadeira”, ou de “senso de humor”. O que há de engraçado nisso? Algumas fotos estavam muito bonitas e tal, outras no mesmo nível de vulgaridade das donas dos avatares. Mas nada estava engraçado. Nem as cuecas samba-canção de alguns dos onanistas participantes.
Humor para mim é algo muito maior, algo que brinca com nossa realidade, com nosso cotidiano, sempre com inteligência e classe. De resto, é A Praça é Nossa, Zorra Total etc: Piadinhas infames em meio a bundas e peitos.
Sugiro que abram seus sorrisos e mostrem ao mundo seus lindos dentes com coisas muito mais edificantes que um show de fotos – aos olhos de alguns – provocantes.
Volto a dizer: Lamento que algumas mulheres pisem em cima do espaço que elas mesmas construíram na sociedade.
Roney, seu post está ótimo e levantou uma discussão de altíssimo nível entre todos aqui. Parabéns.
Só tenho UMA pergunta – de onde você tirou que o #lingerieday teve como objetivo “abafar a mobilização contra o Lixo Eletrônico”?
Sério, me explica de onde saiu essa paranóia.
Não consegui achar confirmação confiável. Mudei o post, mas vou continuar aproveitando a chance de divulgar o manifesto
Aliás, é muitíssimo curioso você citar o caso da coelhinha da Playboy. Eu, o @gravz e muitos outros apoiadores do #lingerieday condenamos o rapaz que apertou a bunda da menina.
Enquanto isso, feministas de plantão apenas diziam que a menina mereceu, por estar vestida daquela forma.
Quem está agindo com misoginismo? Abra o olho.
Ambos.
Feministas e machistas costumam ser preconceituosos e fazer tristes demonstrações como as que vemos por parte dos machistas mais abaixo que em vez de se defender confirmam o que eu disse.
Tenho certeza que um dia escreverei um post contra o preconceito feminista e aparecerão aqui mulheres semelhantes aos caras mais abaixo.
No entanto é claro que um erro não justifica o outro.
O caso da coelhinha foi um caso mais extremo, era difícil não ficar contra o cara.
Esse caso do Lingerieday é uma tolice que só se tornou interessante para mim em virtude do volume da reação contrária vinda de homens e mulheres que não são feministas.
Apesar de vc ter vindo aqui para me trollar esse foi um bom comentário! Pena que os outros se humilharam tanto.
“Nemli e Nemlerey”
minha santa mãe q diz: “essas fela da pota queimaram a merda do sutiã querendo liberdade e eu q me fodo tendo q trabalhar igual uma fdp”…=P
“#lingerieday tá ficando igual o preconceito racial, daqui a pouco se eu falar “amor coloca essa lingerie” pra uma mulher eu vou preso, porem tudo tem um lado positivo…
mulheres de lingerie teram o sistema de cotas ao seu favor…\o/…
“tá de calcinha e sutiã…bora pra facu então…\o/”
“trollei” agora…\o/
PS: e antes q apareçam gordos nerds lambedores de escroto e mulheres querendo me matar, o q eu falei ai em cima tem bastante “sarcasmo”, conhecem…???
Trollar no caso significa “demonstar que sou um grosso insensível incapaz de desenvolver empatia pelos outros”?
Volte com um comentário que mostre que estou errado e não com um que confirme o que disse 🙂
Tu é uma bichona.
Tá bom, tá bom, agora confessa que vc é uma feminista querendo fazer o pessoal pensar que os defensores do #lingerieday são idiotas! 😉
aff, isso é papo de mulher mal comida ou de nerd gordo escroto que não pega mulher.
Indignação mais hipócrita.
papinho de quem bate puheta pras fotos do lingerieday e depois que terminou o serviço vem aqui vomitar suas opiniões hipócritas.
Seu comentário, não sei se vc percebe, confirma o que eu disse, em todo caso, também não sei se vc percebe, este post é uma análise dos motivos que causaram a indignação contra algo que é comum no dia-a-dia offline.
A indignação aconteceu porque esse tipo de comportamento não está sendo aceito pela população do Twitter nesse momento. Talvez com a adesão de mais gente o meio se torne mais suscetível à cultura offline, veremos.
Ah, eu adoro essas simplificações…
Ser contra algo só pode ser coisa de nerd escroto ou de mulher gorda e/ou frígia. Então, para falar a mesma língua: Este tipo de ação só pode ser fruto de homem de pau pequeno.
Curioso que um dos soberbos argumentos é “papinho de quem bate pu(n)heta (…)” quando normalmente são justamente os consumidores do exibicionismo que são os onanistas. Mas enfim… Lógica não parece ser um quesito importante neste debate mesmo.
Em tempo: eu acho que as moças tem todo direito do mundo de mostrar o que quer que seja para quem for. E eu tenho todo o direito do mundo de achar isso a maior perda de tempo.
Cruzes, mas que povo sem noção!
Sem mais, APOIADÍSSIMO.
Promovam um #barrigatanqueday, voces verão que a maioria dos participantes já tinham a foto do perfil com seus tanque a amostra.
Nao esquecendo também que nenhum gordo/pu(n)heteiro/triste vai fazer mimimi quanto a isso.
Assim como os homens puderam promover um #blabladay, voces também podem só por motivos de pesquisa.
Gente, somos homens, gostamos de admirá-las (entendam como quiserem) pedimos sim pra participarem, mas por favor, nao chamem as meninas que nao mostraram nada que uma pessoa do século XXI não tenha visto nas ruas.
O que vc deve se perguntar é porque houve uma reação tão intensa contra o lingerieday por parte de homens e mulheres. Foi o que eu tentei fazer, creio que com algum sucesso.
EU ACHO
que você adora um drama. Digo o mesmo pro post da coelhinha na Campus Party.
Isso é drama:
Ao aceitar participar do #lingerieday as mulheres estão inadvertidamente alimentantando o mesmo machismo que culminou no desrespeito à coelhinha da playboy na Campus Party 2009.
Isso também:
O processo de desumanização não é muito diferente daquele que inspiram crimes como o assassinato de Sylvia Likens em 1965 em Indiana ou as crueldades que ocorrem nos presídios brasileiros.
Um beliscão no bumbum, por mais falta de respeito que seja não se compara à assassinato. Essa comparação é uma ofensa a quem já teve um próximo assassinado.
“Essa comparação é uma ofensa a quem já teve um próximo assassinado.”
Com isso eu sou obrigada a concordar.
Apesar de que tbem acho que “os vagões exclusivos para mulheres no metrô apontam para a segregação da mulher e para a desistencia de lhes garantir respeito em qualquer lugar que elas estejam“.
O fato do Roney exagerar de vez em quando (sorry, querido) não diminui em nada os problemas da segregação, preconceito e sexismo (reparem, por favor, que usei “sexismo”, que vale tanto para machismo quanto para feminismo).
Sim, eu acho que uma pequena desumanização favorece as grandes e não considero isso um drama, apenas uma constatação.
Acho que são medidas diferentes.
É o mesmo que dizer que quem baixa música da internet é assaltante ou que quem gosta da companhia de jovens é pedófilo. Ou ainda, que a liberação da maconha é o mesmo que dar heroína a crianças (já ouvi este argumento, juro).
Parâmetros de grandeza são necessários.
Certo Carolina, mas que é extremamente desconfortável passar pelas seguintes situações:
– ver um conteúdo seu ser distribuído em qualquer canto sem controle
– ver um filho menor andar em constante companhia de adultos
– descobrir que um filho está usando substâncias entorpecentes, ainda mais aquelas não liberadas e acessíveis apenas no submundo da sociedade
…ah, isso é…
Eu fico por aqui, pois acho saudável a discussão, mas li mais acima que você considera tudo isso uma perda de tempo. Portanto só quis deixar meu comentário. E respeitoso, espero que entendas assim, ok? Abs
Leo,
Desculpe, não entendi o seu comentário.
É CLARO que estas situações são péssimas (vou bem além de desconfortável).
Eu estava falando desses memes de twitter, as “modinhas” como essa do lingerieday. Considero ISSO uma perda de tempo.
Cuidar de filhos/crianças NUNCA é perda de nada, muito menos de tempo.
Se em algum momento pareci estar me referindo a estes assuntos, por favor me desculpe. Minha intenção era comentar exclusivamente sobre esses “movimentos” do twitter como o #lingerieday, o #mussumday ou o-que-quer-que-seja-day.
Eleger um dia para algo é não tratar do assunto nos demais 364. E isso vale para internet e para não-internet. O dia das mulheres, por exemplo, é uma idiotice. É comemorar que meu pai passou o cromossoma X e não o Y ou comemorar que recebo salários menores para a mesma função? Enfim, era deste tipo de coisa que eu falava quando disse “perda de tempo”.
E, ainda, eu já tive várias (infelizmente) vezes na pele de ter um conteúdo meu distribuído em qualquer canto sem controle e é HORRÍVEL. Não desejo isso a ninguém.
Por favor entenda que não era disso que eu falava, ok?
Abraços,
Carolina.
Leo,
Ainda: perceba que quando eu disse que “É o mesmo que dizer que quem baixa música da internet é assaltante ou que quem gosta da companhia de jovens é pedófilo”… Estava respondendo ao Roney, que acha que desrespeitar a moça da Playboy é similar a assassinato.
SOU CONTRA AMBOS mas acredito ser necessário um discernimento entre as suas ordens de grandeza.
Dizer que desrespeitar alguém é o mesmo que assassinato é não respeitar a dor de pessoas que perderam entes queridos desta maneira.
Assim como colocar o desrespeito como uma “bobagem” é não respeitar a dor de quem foi desrespeitado.
São atitudes condenáveis e que ferem a dignidade humana, mas não são a mesma coisa.
E nem todo mundo que anda com jovens é pedófilo. Eu tenho 38 anos e tenho amigos de praticamente todas as idades entre 19 e 90.
Abraços
Carolina, eu quem peço desculpas por ter interpretado de forma incorreta suas palavras. Certamente pensamos da mesma maneira. Por admirar seu trabalho, isso me deixa muito feliz =)
Abraços, Leo Bragança
deixa o pessoal tirar a roupa em paz gente. não gostou? não tira e não reclama.
Olá Tuíter 😉
O problema é que esse raciocínio serve para os dois lados 😀
“Deixa o pessoal reclamar do sexismo em paz, gente? Não gostou? Tira a roupa e não reclama.”