Esse post ainda é um rascunho escrito durante o evento.
É preocupante quando entramos em uma universidade e percebemos um profundo desconhecimento de um dos temas centrais da nossa civilização: as mudanças sociais
Ouvi afirmaçōes como
- A Internet é o fim da educação
- A Internet é o vazio da polêmica
- As pessoas vivem em simulacros virtuais sem jamais se encontrarem
Essas coisas simplesmente não correspondem à realidade! Você que está lendo esse post provavelmente sabe disso.
A Internet nos apresenta uma infinidade de desafios como o desenvolvimento de filtros para absorver informação sem sacrificar o tempo que precisamos para produzir conhecimento. Precisamos da curadoria de universidades e escolas para desenvolver a capacidade do pensamento linear que realmente não é favorecida pela estrutura hipertextual das novas ferramentas de comunicação.
Nesse momento, diante de universidades que observam a Internet como um desafio quando ela sequer é o problema, quem cumpre o papel de curadoria do fluxo da informação e desenvolvimento do conhecimento são grupos de mídia que se avançam na adoção dos novos meios como as revistas Wired, Nature e até alguns jornais e canais de TV.
Isso é preocupante.
Durante a sessão de perguntas nota-se também o profundo despreparo de várias pessoas na platéia que temem o Facebook e misturam Quepasa com Linkedin. Parecem estar aqui em busca de confirmação dos seus medos.
Onde estão os universitários inovadores, revolucionários ou pelo menos “evolucionários” ávidos por novas ferramentas e formas para desenvolver a sociedade e o planeta? Gostaria de saber porque não vieram para esse seminário.
Ficou a impressão de um senso comum de que o mundo era ótimo e a comunicação veio desestabilizá-lo.
O mundo não ia bem. O mundo nunca foi bem. Ele sempre teve defeitos que devem ser evolutivamente superados e ver que a universidade opta por se colocar como uma força reacionária, repito, é preocupante.
Felizmente encontrei na mesa de debate duas vozes mais bem informadas, Carlos Nepomuceno e Luiz Alberto (espero colocar links para textos deles sobre o evento aqui em breve).
Nas últimas palavras do debate fiquei sabendo que esse ciclomde seminários é sobre ciência e religiosidade e Luiz Alberto nos convidou a pensar em formas de tornar a Internet menos ácida aparentemente ignoarando que as redes sociais online nos obriga a exercer mais o perdão, a pensar melhor em como nos apresentamos ao mundo visto que somos sempre observados online. Há uma longa lista de consequências da era digital que, não à toa, levou muitos a sugerirem a Internet como candidata ao nobel da paz.
Faltou aqui convivência com o fenômeno estudado.

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