Imagem: Do artigo comentado. Link no final
A sessão gotas contém comentários meus a artigos. Você acha o link para o artigo comentado no final do post. O título é tirado do artigo comentado.
Vejo outra anatomia para o que acontece agora:
- O fenômeno Occupy de 2013 tinha em seu cerne quebrar o sistema rejeitando mídia e partidos.
- O partido no poder seria o que mais sofreria, claro, incapaz de atender à demanda.
- A oposição se aproveita da fraqueza e do fracasso da esquerda nas urnas (como diagnosticou Manuel Castells) para montar seu cenário, no caso o Lava à Jato.
- O que era estratégia de marketing político acabou virando uma oportunidade de reversão das urnas.
- Constrói-se algo que parece 2013, mas é braço político (MBL etc.) 6) Valendo-se de influência e alianças a oposição retém as evidências contra ela focando todos os holofotes no governo.
- Ainda em 2014 a oposição usa sua influência para impedir medidas que poderiam amenizar a crise econômica.
- Ignora-se que a opinião pública se divide em dois pequenos grupos contra ou a favor do impeachment e um terceiro grupo massivo que apenas observa.
Essa é a anatomia do encurralamento do governo.
O poder sociedade hiperconectada ainda foi apenas tangencial, mas, claro, teve um papel.
A Rede foi bem usada pelos dois grupos apelando para a ira e emoções como todos nós sabemos que deve ser feito para influenciar as pessoas.
Isso é ótimo pois é parte do nosso processo de amadurecimento que talvez mostre sinais já no ano que vem que é quando devem tentar finalizar o impeachment a fim de colocar um presidente eleito pelo senado e não por eleição direta.
Até lá o país continua congelado e mergulhando na crise porque os dois “jogadores” se recusam a largar o campinho.
O que mais gostei nesse artigo foi desse parágrafo:
“Avaliação debaixo para cima, constante e online, através de qualificação coletiva para produção de decisões de leis, orçamentos, decisões dentro de plataformas digitais participativas, reguladas por algoritmos sociais inteligentes. É o que chamo de República 3.0, nova etapa digital da tecnopolítica.”