[youtube]UE6K8YHIUbk[/youtube]
Gostaria que toda manifestação popular fosse pacífica e baseada na não ação apoiada por intenso exercício da liberdade de expressão, mas lembre-se da sua indignação com os caminhos tortuosos do país.
Você está revoltada(o) não está? Se estivesse o bastante para ir às ruas a maioria de nós resvalaria para a violência contra o bem público.
É assim lá fora. É assim aqui.
No entanto entendo que os protestos aqui por hora são mero reflexo de mobilizações genuínas em outros países pois nós ainda não estamos no ponto da indignação muito embora digamos que estamos.
No momento, nós brasileiros, estamos como a criança mimada que grita, bate pezinho e diz que vai parar de respirar, mas sem fôlego para agir com persistência e coordenação.
Acho até possível que, se o governo e corporações souberem manter uma sensação de melhoras aqui pode não vir a ocorrer mobilizações expontâneas.
No entanto, se houver uma massa crítica global facilmente teríamos alguns milhões no Brasil agindo em resposta ao clima global de mobilização como chegou a se ensaiar no fenômeno Occupy.
Minha hipótese é que estamos assistindo o surgimento de uma mobilização global popular expontânea que o poder estabelecido não está sabendo comprrender e acaba alimentando com sua linha de ação.
Links:
[vimeo]68159118[/vimeo]
- Relato de um participante no Papo de Homem.
- Não é sobre 20 centavos, estúpido (além de ser um ótimo post tem vários links interessantes)
- Uma pessoa comum, um filho de Deus (outro relato de alguém que foi à manifestação)
- Vídeo mostrando PMs atirando contra pessoas enfileiradas na calçada pedindo para não haver violência.
- O Provocador: Violência da repressão transforma movimento por transporte em movimento pela democracia.
- V for Vinegar – Tumblr com vasto material em vídeo e foto.
Atualizando em 14/06/13

Jornalista da folha de São Paulo diz ter sido alvejada propositalmente pela Rota. Fonte: Trabalho Sujo
Decidi concentrar aqui os desdobramentos que vem ocorrendo. Os novos links serão colocados logo acima e abaixo colocarei alguns textos sobre as mobilizações que considero úteis para entendê-las.
Um amigo no FB resumiu muito bem o que provavelmente é uma das características mais fortes do que eu chamei de fenômeno Occupy, mas merece um nome como revolta 2.0. Reproduzo a seguir:
“Quando uma pessoa assume a liderança de qualquer coisa, ela, automaticamente, se torna um alvo. Pro bem ou pro mal, tanto faz, no caso dos movimentos populares, isso significa canalizar toda a ideologia de um movimento em uma única pessoa, isso acontece desde sempre, e todos estavam acostumados com isso, mas um movimento, um grupo, não precisa necessariamente de um líder… O problema de líderes é que todos os seguidores passam a acreditar naquele líder, e se ele morrer ou desistir da causa, grandes são as chances do movimento todo falhar.
Hoje, o Boechat (BandNews FM) se questionava sobre o motivo dessas manifestações não possuem líderes, com uma certa raiva até, porque como jornalista ele está acostumado a classificar todo um grupo de acordo com o posicionamento de seu líder. Pois Boechat, a tendência é que você, e seus colegas de profissão, fiquem cada vez com mais raiva e sem possuir um representante para colocar toda a “culpa”.
Os tempos são outros, e que bom que seja assim, grandes lideranças políticas surgiram porque se beneficiaram de serem líderes de algum movimento (um abraço Lindberg, Lula e tantos outros), e, na minha opinião, não há mais espaço para pessoas, a época é de IDEAIS, de CAUSAS, de qualquer outra coisa que não seja um único ser humano a levantar uma bandeira, pois todo humano é passível de erros e um movimento (qualquer que seja) não pode ser rotulado pelo seu líder.
Diversos relatos atestam que pessoas pacíficas eram tratadas dessa forma. (fonte: FB)
Por um mundo sem partidos, sem centralização do poder, o caminho pode nem ser esse, mas pelo menos algumas pessoas estão escolhendo outros caminhos, já que o que caminhamos até agora não deu certo… Se vai aparecer algum FDP para se aproveitar disso, acho que é apenas um detalhe, e é uma questão para se resolver quando isso acontecer, invalidar o que está acontecendo só porque é algo que não estamos acostumados é que não dá…”