Imagem: Jacob Bøtter
Introdução
Sou adepto de comprar um bom smartphone a cada dois anos em vez de comprar um mediano a cada ano. Acho que sai mais em conta em termos absolutos e ficamos satisfeitos com os nossos aparelhos por mais tempo.
O ideal seria fazer um artigo como esse a cada ano, mas confesso que tenho escrito somente quando vou trocar o meu. Vou tratar melhor disso daqui para diante.
Pois é isso, está na hora de trocar o meu celular. Na verdade passou um bocado, mas como o meu celular mesmo foi roubado há uns meses e uma amiga me deu o Samsung S3 dela enquanto eu decidia o que comprar… Bem, acabei me acomodando.
Enfim, vamos logo ao que interessa.
Ah! Sim! Apesar de ser defensor da Apple para tablets e computadores, para celular eu normalmente recomendo Androids.
Os motivos não vem ao caso, mas além disso, o usuário de iPhone não precisa de dicas, certo? Ele escolhe entre um iPhone 6 normal ou um iPhone 6 grandão. E aí é questão de gosto.
Finalmente…
Hoje vejo quatro boas opções de smartphone com suporte a 4G para quem é hiperconectado, trabalha e/ou joga no celular. Vamos do meu preferido para o “menos preferido”, certo? Todos tem telas na faixa de 5 ou 5.1 polegadas.
Sony Xperia M4 Aqua

Faixa de preço: R$1.500,00
Lançamento bem recente, vem com um processador octa-core Snapdragon (ver explicação lá em baixo) que ajuda a garantir até 2 dias de bateria com uso normal de navegação, email, Twitter, Whatsapp, Facebook e até algumas fotos. Isso é possível em um celular bem fino e leve graças ao processador e às duas intensidades da função Stamina (um recurso de software da Sony).
Como o nome já diz, ele é resistente a poeira e à água até mais ou menos um metro de profundidade por meia hora. E faz isso mesmo sem uma capa protetora para a entrada do carregador, o que era um incômodo para quem usou a linha Z.
Ele já vem com o Android 5 (os outros vem de fábrica com o 4.4, mas a atualização é garantida).
Mais importante que isso é o fato dele vir com 16GB de memória e aceitar cartão para expandir até 128 GB. Coisa que não está disponível nos dois modelos abaixo.
A performance, o tempo da bateria, a leveza do aparelho, a qualidade das câmeras e o custo intermediário do aparelho me conquistaram e esse será o meu próximo celular até 2017.
Moto x 2
Faixa de preço: R$1.300,00
A Motorola fez um bom trabalho ao conjugar vários processadores e uma tela inteligente que é capaz de ativar apenas uma parte dela para, por exemplo, ver se há notificações ou verificar a hora. Isso garante mais de um dia de bateria para esse celular mesmo com dois recursos que foram criados para ele:
O primeiro recurso é que ele está sempre atento aos nossos gestos, então basta passar a mão sobre ele para que ma parte da tela se ative e mostre a hora e notificações.
Ele também é capaz de ficar nos escutando o tempo todo permitindo, por exemplo, ativar um alarme, enviar uma mensagem, fazer uma consulta no Google somente com comandos de voz sem nem mesmo ter que “acordar” o aparelho.
A “mágica” é feita com os vários processadores de baixo consumo. Um que monitora a voz e outro para os gestos. Simples e eficiente.
Considero que performance e duração de bateria são os fatores críticos em um smartphone e, até o surgimento do Moto Maxx, esse era o celular com melhor relação custo/benefício nesses quesitos.
Moto Maxx
Faixa de preço: R$1.800
O Maxx é um X2 turbinado com uma bateria 2x mais potente e um processador (Snapdragon quad-core 810, top no momento do seu lançamento) também mais poderoso.
Não há muito que falar sobre ele além de que é um Moto X2 com o dobro do tempo de bateria (dois dias) e mais veloz ainda que não seja 2x mais rápido.
Outro recurso que pode ser interessante é a capacidade de se carregar muito rapidamente com o carregador exclusivo que vem com ele.
Era a minha opção antes de surgir o M4, mas coloquei em terceiro lugar por achar que, para a maioria das pessoas, as vantagens dele em relação ao X2 não valem os 500 reais.
Samsung s5

Faixa de preço: R$1.800,00
Esse é o mais top dessa lista oferecendo até desbloqueio da tela por reconhecimento da digital, o que pode ser um grande diferencial para muita gente (e irrelevante para o número significativo de pessoas cujas digitais são difíceis de reconhecer).
A Samsung também é a líder do mercado de smartphones contando com a simpatia e fidelidade de grande parte dos consumidores.
Ele poderia estar em segundo lugar em vez de em quarto, provavelmente a maioria das pessoas o colocaria no topo, mas tenho a sensação que a durabilidade dos produtos Samsung deixa a desejar e realmente acho que os três primeiros fizeram um trabalho melhor em termos de performance e duração da bateria.
E por que o S6 não está na minha lista? É bem simples: Custo e benefício. Não vejo nenhum conjunto de benefícios que justifique pagar mais de 2 mil reais em um smartphone. Na minha opinião é uma questão de pagar pelo status e não pelas funções do dispositivo.
Zenfone (acrescentado em 21/08/15)

Acabo de saber do lançamento dos novos Zenfones que vão de 900 a 2000 reais (no BigSense) com configurações bem interessantes.
Investindo em telas grandes, bateria e câmera com preços bem acessíveis eles podem ser uma ótima opção.
Resta saber como vão se comprar em qualidade e duração de bateria com outros aparelhos na mesma faixa de preço, mas o mais barato deles, o Zenfone Laser com câmera frontal de 13 megapixels, tela de 5,5 polegadas e entrada de cartão para expandir os 16GB internos é um aparelho que deve fazer algum sucesso entre quem prefere (ou precisa) gastar menos.
Quad-core x Octa-core
Então… Qual é a dos processadores com oito núcleos?
A questão central dos smartphones atualmente é a duração da bateria x necessidade de poder de processamento.
No entanto 90% do tempo o que nós fazemos não exige grande poder de processamento. Coisas como email, fazer anotações, ver como andam as coisas no Twitter, Facebook, Instagram e Whatsapp etc.
Os processadores quad-core são “pau para toda obra” e tem poder de processamento para nos atender quando resolvemos fazer ou ver vídeos de alta resolução, jogar games pesados, fazer edição de fotos e jogar Ingress.
A novidade dos octa-cores é que são um tipo de dual quad-core.
Quando estamos usando coisas leves ele usa só metade do seu poder de fogo para nos atender e, se aumentamos nossa atividade, ele se vale dos oito núcleos.
O resultado é um aparelho com a mesma performance do quad-core, mas com uma duração de bateria bem maior.
Simples assim.
Ok, essa é uma explicação não técnica, mas na prática é o que precisamos saber na hora de falar com vendedores ou escolher entre dois aparelhos.