Agora há pouco passei três agradáveis horas no Senac com uma turma de pós graduação em marketing online. Falamos sobre a morte da web aproveitando que o assunto ainda não tinha sido discutido.
Minha intenção era ir um pouco além dos comentários que fiz no post Web x o Tornado dos Aplicativos Móveis e defender a tese de que a a web morre para as empresas que nunca foram capazes de lucrar nela, mas ela continuará a ser um terreno fértil para pornografia (pesquisa da Ana Erthal), lojas e, principalmente, exercício da liberdade de expressão, democraria e interação humana.
Resumindo o que reuni na apresentação:
- A web se tornou um espaço onde o conhecimento é livre e deve ser copiado não por isso ser da sua natureza técnica, mas sim por ser uma demanda humana pois há temos já não estamos satisfeitos em ser espectadores do mundo.
- Essa demana começou antes mesmo dos tempos dos faraós e tem nos feito construir sociedades cada vez mais livres
- Isso acontece pois somos impelidos por duas forças evolutivas; uma genética que nos faz preservar e reproduzir nossos genes; outra memética que nos leva a fazer o mesmo com nossas ideias e cultura
- Lutar contra isso é inútil, visto que é um impulso desenvolvido ao longo de mais de 10 mil anos (memes). Assim como a democracia foi inevitável os princípios hacker que dominam a Internet acharão outros caminhos se a web “morrer”
Em suma, o que acredito é que a morte da web na verdade marca a vitória temporária (toda vitória nessa disputa é temporária) da liberdade x o controle e, com outros setores da Internet gerando bons lucros sua manutenção estará garantida.
A morte da_web
Durante o papo acabamos naturalmente enveredando por outras áreas como direitos autorais, a influência das emoções em nossas decisões e banco de tempo, aqui vão alguns links úteis:
- Bancos de Tempo por @Maffalda
- Revisão da Lei de Direito Autoral por @DirceuSR
- Creative Commons Brasil
- Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV
- Da loucura à razão em 90 segundos
Seguem alguns livros que acho interessantes para complementar as reflexões e não citei nos slides:
Sociedade do Espetáculo
Pouca gente indica esse texto e a linguagem dele é bem alucinada, mas considero essencial para entender o fim do século XX e o início do atual.